Economia

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Protesto de caminhoneiros põe em risco produção de ovos em Bastos

Cidade que responde por quase 25% de todo ovo consumido no país já diminuiu seu ritmo de produção pela dificuldade de escoamento

Produção de ovos nas granjas de Bastos já diminuiu seu ritmo para evitar acúmulo do produto que não tem como ser escoado (Foto: TV TEM/Reprodução) Produção de ovos nas granjas de Bastos já diminuiu seu ritmo para evitar acúmulo do produto que não tem como ser escoado (Foto: TV TEM/Reprodução)

BASTOS - greve dos caminhoneiros que entra hoje, 25, no seu quinto dia com protestos em todo o país já começa a prejudicar os produtores de ovos em Bastos (SP), cidade do Centro-Oeste Paulista que produz quase 25% de todo do produto consumido no Brasil e 60% no estado.

Sem ter como escoar a produção ou receber insumos, como ração, as granjas de onde saem cerca de 20 milhões de ovos por dia para abastecer os centros distribuidores em todo país já estão trabalhando em ritmo reduzido.

Além do prejuízo para a população, que pode começar a sentir a falta do produto nas prateleiras ou até mesmo o aumento no preço, a situação põe em risco a qualidade do produto.

“A gente produz num dia e no outro automaticamente o produto já vai para o transporte. Se [o ovo] ficar dentro da empresa por quatro ou cinco dias, como já está acontecendo, a qualidade cai e corremos o risco de o produto não chegar ao consumidor dentro do padrão esperado", explica Isabel Almeida, supervisora de qualidade da granja.

Mesmo com a redução do ritmo de produção, os produtores seguem preocupados porque as aves não param de produzir e muitos ovos começam a ficar parados nas esteiras.

Além do acúmulo de ovos nos depósitos, os produtores de Bastos também começam a temer pelo futuro de suas aves. Isso porque a greve dos caminhoneiros já provoca a falta de alguns insumos nas granjas, como milho, soja e as vitaminas que compõem a ração.

O setor, que agrega mais de 60 granjeiros na cidade, estima que 30 milhões de aves dependem do alimento que vem dos estados de Goiás, Mato Grosso e Paraná. Segundo os granjeiros, mais de 500 caminhões que atendem a região estão parados nos bloqueios por todo o país.

 

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