Presidente da Petrobras volta a dizer que a gasolina vai subir

SÃO PAULO - Menos de uma semana após ser desautorizado pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, a comentar sobre um possível aumento no preço da gasolina, o presidente da Petrobras, Sergio Gabrielli, reafirmou ontem, na China, a possibilidade do combustível sofrer alteração nos postos caso o valor do petróleo se mantenha em alta no mercado internacional.

 

Nesta terça-feira, o barril tipo Brent fechou em US$ 120,92, muito acima do valor usado pela Petrobras para planejar seu orçamento para 2011. "Se o preço do petróleo ficar nesse nível que está hoje você vai ter de alterar [o preço da gasolina] porque nós estávamos trabalhando com US$ 65 a US$ 85 [o barril]", garantiu Gabrielli.

 

Em tom pessimista, ele disse que o cenário mundial é desfavorável. "Que o preço vai ficar alto, parece que sim. O problema é o grau de variação que esse preço está tendo em torno de determinado patamar. Enquanto estiver variando muito, não tem como tomar decisão."

 

O aumento da gasolina não agrada a equipe econômico do governo. O principal receio é com relação ao reflexo na inflação, que começa a fugir do teto da meta do Banco Central. Tradicionalmente, a alta no preço dos combustíveis é repassado para toda a cadeia econômica.