Economia

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OPINIÃO: Descolamento da Economia da Política

Artigo do economista Antonio Luiz de Queiroz Silva, Ex-Presidente do Corecon-SP

Fato curioso o que estamos assistindo e, felizmente parece que vai vingar que é: O descolamento da Economia da Política.

Será possível crescer sem a interferência política?

Temos presenciado que a política econômica, no Brasil, confundi-se com a política no sentido lato.

Neste caso, não basta traçar planos de crescimento, pois o fator antes de obedecer à política econômica está preso às negociações de políticos e até a incompetência operacional e falta de visão como um todo, pois o político prima por privilegiar o seu abastecimento financeiro e eleitoral só que voltado para si.

O que vemos hoje: por uma circunstância criminal de agentes políticos, o programa Lava Jato está conseguindo engaiolar quase todos os políticos. Se fosse alguns advogados, não os defenderia.

Como a preocupação agora está mais voltada para o salvamento da própria pele, não sobra tempo para interferir nos processos econômicos.

Com isso, os agentes econômicos que por sinal são competentes, ficam livres para praticar a política econômica como deve ser para um país como o Brasil “grande e desajeitado”.

Consequência, os indicadores começaram a se movimentar para cima favoravelmente e se durar algum tempo, mesmo o retorno às mãos dos políticos não se conseguirá reverter o impuxo.

Vejam por exemplo o emprego: Sabemos que o desemprego é o gatilho da crise econômica, pois se não evitá-lo e o problema se torna incontrolável, pois como nossa economia é baseada no emprego, ocorrendo o desemprego, teremos um desemprego em cascata devido à inter-relação de atividades.

Ao se recuperar, torna-se quase impossível senão altamente custoso o retorno dos postos de trabalho perdidos. Mas, o estrago já foi feito como descapitalização das empresas seja pelo custo das demissões, seja pela redução da curva de demanda que já não é pontual sobre a curva, mas é a própria curva, significando  um rebaixamento dos níveis de trabalho. O país ficou menor! Esta é a verdade.

Então, o governo se fosse forte e dedicado ao trabalho, teria criado a demanda substituta e provisória, onde substituiria a demanda perdida, impedindo as consequências do desemprego e seria provisória, pois o próprio mercado que é altamente inteligente procuraria se ajustar à procura do equilíbrio.

- Criação de fontes de trabalho;

- Incentivos financeiros via taxa de juros subsidiados e criação de um fundo com recursos para empréstimos a fundo perdido, na medida das necessidades do crescimento;

- Fiscalização rigorosíssima junto aos Bancos e tomadores para evitar o abuso e desvio de finalidades. A rigor, este expediente todo é tratado como regime de guerra e por isso, não se admite abusos e corrupção;

- A palavra e a prática de corrupção devem ser varridas da nossa realidade.

(por Antonio Luiz de Queiroz Silva, Ex-Presidente do Corecon-SP)

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