Economia

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Mazucato mantém decreto para fechamento de bares e venda de bebidas alcoólicas até 20 horas, mesmo com decisão do TJSP contra decreto de Dória

Governo do Estado sofreu derrota em ação proposta por associação de empresários do setor

OSVALDO CRUZ - Mesmo diante da derrota do Governo do Estado junto ao Tribunal de Justiça do Estado quanto à determinação de decreto assinado pelo Governador João Dória (PSDB) determinando o fechamento de bares e a venda de bebidas alcoólicas às 20 horas, o Prefeito Edmar Mazucato (PSDB) manteve decreto municipal no mesmo sentido.

Nesta segunda-feira, 14, Mazucato editou o Decreto 4.538/20 em que determina o mesmo que um decreto estadual de Dória, que proibia a venda de bebidas alcóolicas no estado após às 20h. A determinação do Governo, que integra o decreto 65.357 de 2020, expedido na sexta-feira (11), prevê lei seca no Estado à noite na tentativa de prevenir a propagação da Covid-19.

Os restaurantes e lojas de conveniência poderão continuar abertos até as 22h, mas devem parar de servir bebidas alcoólicas às 20h. No entender de Mazucato, o Município tem autonomia para a fixação de regras mais duras em relação às regras estaduais. Assim, os bares têm que fechar as portas às 20 horas, de acordo com o decreto local.

TJ-SP atendeu pedido de Associação de Bares

A decisão tem caráter liminar (provisório) contra o Decreto Estadual foi concedida pelo desembargador Renato Sartorelli. Ela autoriza a venda de álcool após as 20h em restaurantes e similares em todo o Estado. Entretanto, em Osvaldo Cruz, quem quiser terá que atacar a determinação de Mazucato via judicial.

Em nota, o governo de São Paulo disse que “a recomendação de suspender a venda de bebidas alcoólicas após as 20h foi adotada após médicos perceberem aumento da demanda de leitos de Covid por jovens e que “segue as recomendações de médicos e cientistas”. 

O desembargador atendeu a um pedido da associação que representa bares e restaurantes em São Paulo (Abrasel-SP), que alegou que o decreto do governo de São Paulo, além de não trazer explicitamente os motivos que levaram a proibir a venda de bebida alcóolica à noite, também prejudica a livre iniciativa e a livre concorrência, princípios expressos na Constituição brasileira.

Apesar de vetar a parte da determinação do governo que proibia a venda de bebidas à noite, Sartorelli determinou que bares e restaurantes continuem cumprindo as medidas de prevenção à propagação do coronavírus, “fornecendo equipamentos de segurança, disponibilizando álcool gel, mantendo ocupação reduzida e garantindo distanciamento seguro entre as pessoas”.

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