Economia
42475Entenda por que você deve fugir do parcelamento no cartão de crédito do IPVA 2018
Em exemplo analisado por consultor financeiro, as taxas cobradas no cartão chegam a 26,52% ao ano na opção por 12 parcelas
NACIONAL - Não é preciso ser um especialista para entender que, podendo evitar, é melhor não adotar o parcelamento em cartão de crédito para pagar o IPVA 2018.
Um consultor financeiro mostra qual o impacto no orçamento ao estender o pagamento do imposto ao longo do ano: uma taxa de juros anual de 26,52%. Os cálculos foram feitos a partir de um IPVA fixado em R$ 982,62 (parcelado de três vezes pelo próprio Estado) ou R$ 954 com o desconto de 3% para a quitação à vista. Optando pelo cartão de crédito, a dívida do contribuinte pode chegar a até R$ 1.298,40. É a primeira vez que os donos de veículos poderão quitar os impostos por meio do cartão de débito e de crédito.
As taxas variam de acordo com o número de parcelas adotadas, mas mesmo para quem quer adiar o pagamento por apenas um mês a mordida é grande. Quem optar por pagar em parcela única no cartão vai arcar com juros de 10,146%, chegando a um total de R$ 1.061,73 – uma diferença de R$ 107,73, dinheiro suficiente para pagar, por exemplo, o licenciamento, que custa R$ 92,66. Pagar de três vezes no cartão de crédito também sai bem mais caro que optar pelas três parcelas propostas pelo governo estadual. No caixa do banco, o proprietário do veículo vai arcar com R$ 327,54 mensais. No crédito, serão três de R$ 366,05. Juros de 13,12%.
Adotar uma parcela a mais (quatro) representa um acréscimo de 14,769% no valor do IPVA, chegando a R$ 1.119,32. A partir daí os percentuais variam mês a mês. Cinco parcelas, por exemplo, significarão 16,674% a mais no imposto. “É uma taxa de juros muito significativa diante de uma inflação prevista para o ano em torno de 3%. Sempre digo que os juros são como cupins que corroem o orçamento das pessoas”, alerta o consultor financeiro Erasmo Vieira.
Nesse contexto, a adoção do pagamento em 12 meses é, obviamente, a pior das opções para o devedor. E engana-se quem pensa que recorrer a um empréstimo bancário levará a um custo muito maior. Vai depender de cada caso: o banco e o tipo de relação que se tem com ele. Às vezes até mesmo adotar um crédito consignado em folha pode representar uma taxa de juros menor.
Não serão aceitas mensagens com conteúdo calunioso, difamatório, injurioso, racista, de incitação à violência ou a qualquer ilegalidade, ou que desrespeite a privacidade alheia;