Economia
38274Ed Jundi: saldo negativo de empregos é reflexo da desaceleração econômica
Secretário de Indústria e Comércio economia local sentiu reflexos da situação nacional
OSVALDO CRUZ - A desaceleração da economia nacional é o fator apontado pelo secretário de Indústria e Comércio de Osvaldo Cruz, Ed Luis Jundi, para justificar o saldo negativo na geração de empregos formais registrado em 2016, quando a cidade terminou com um déficit de 415 vagas – o pior resultado dos últimos quatro anos.
“Isso [desaceleração da economia] trouxe um grande impacto [negativo] para nossa cidade”, apontou Jundi.
Para tentar reverter o quadro, o secretário aposta em políticas voltadas ao micro e pequeno empresário, além de parcerias com entidades como Sebrae.
“Tivemos a implantação do posto do Sebrae Aqui, que traz inúmeros benefícios para o pequeno e médio empresário, como capacitação, cursos, oficinas, consultorias nas áreas de marketing, finanças e jurídicas, oferecendo um grande suporte para que estes possam se manter em meio a toda essa desordem da nossa economia nacional”, explicou Jundi.
Além disso, o secretário citou o trabalho desenvolvido nos distritos industriais, além da expectativa com a implantação do Distrito Lino Ferrari.
“Temos a geração de emprego e renda com os distritos industrias e o distrito Lino Ferrari, onde estamos cadastrando empresários que queiram se instalar em nossa cidade”, disse.
MEIs
Outra bandeira apontada para reverter o quadro negativo, é o incentivo às pessoas que querem sair da informalidade e se enquadrarem como Microempreendedor Individual – os chamados MEIs.
“Tivemos uma grande procura para formalização dos meis neste ano de 2016, onde fechamos com mais de 326 novos MEIs abertos e estamos fazendo um trabalho árduo através do Sebrae para que estes MEIs tenham a capacitação necessária para poder gerir o seu negocio de uma forma eficaz”, finalizou Jundi.
Saldo negativo de empregos
A geração de empregos terminou 2016 no vermelho em Osvaldo Cruz e em mais sete cidades da microrregião de Adamantina. Os dados foram divulgados na última sexta-feira, 20, pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho.
De acordo com os números, a cidade de Osvaldo Cruz terminou o ano de 2016 com 2.248 admissões, mas em contrapartida registrou 2.663 demissões – o que gera um saldo negativo de 415 empregos.
O resultado é o terceiro pior da microrregião.
A segunda pior marca é de Lucélia que nos 12 meses de 2.016 registrou 2532 admissões, contra 3.031 demissões e saldo negativo de 499 empregos.
Mesmo com menos demissões que Osvaldo Cruz e Lucélia, a cidade de Flórida Paulista teve o pior desempenho entre os 14 municípios da microrregião: em 2.016, foram 941 admissões, contra 1.570 demissões. O saldo final foi negativo e 629 empregos.
Quem mais emprega em OC?
O setor de serviços foi o que mais empregou ao longo do ano de 2016 em Osvaldo Cruz. De acordo com o CAGED, foram 836 admissões.
Porém, o mesmo setor foi o que mais demitiu: 915 demissões.
O único resultado “positivo” vem da Indústria de Transformação: foram 448 admissões, contra 447 demissões e saldo positivo de um emprego.
Já no comércio, foram registradas 540 admissões, contra 627 demissões.
Pior resultado em quatro anos
O saldo negativo em 415 empregos é o pior resultado registrado em Osvaldo Cruz nos últimos quatro anos.
Desde 2013, em apenas duas oportunidades a cidade terminou com saldo positivo. Foi neste ano, inclusive, que houve o melhor desempenho com 3.290 admissões, contra 3.076 demissões. O saldo naquela oportunidade foi de 214.
Em 2014 o número de admissões em Osvaldo Cruz foi de 3.515 em 12 meses. No mesmo período, a cidade registrou 3.507 demissões e terminou aquele ano com um saldo positivo de oito empregos.
Já em 2015, foram 3.007 admissões contra 3.283 demissões e um saldo negativo de 276 empregos.
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