Economia

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Construção civil aquece economia, mas tem déficit de profissionais

Esse fato é comprovado pela atração de empreiteiras de cidades vizinhas, como Lucélia, Adamantina e Tupã

Construção civil esbarra na falta de profissionais (Foto: PEDRO AFONSO) Construção civil esbarra na falta de profissionais (Foto: PEDRO AFONSO)

OSVALDO CRUZ - A atual situação financeira do país tem aquecido vários setores da economia brasileira que, frente à falta de investimento em qualificação profissional, encontra barreiras para expandir ainda mais por conta do déficit de trabalhadores especializados.

No Brasil, em decorrência da situação econômica, a expectativa de receber a Copa do Mundo de 2014 alavanca investimentos em todas as regiões. Segundo análise de profissionais, em Osvaldo Cruz o que atrai investimentos é a instalação de novas indústrias, que geram emprego e renda. 

“Milito em Osvaldo Cruz há 30 anos em engenharia civil e verifico atualmente um aquecimento acima da média no setor em nossa cidade. A política municipal de geração de emprego é um diferencial, se comparado a outras cidades da região, o que atrai indústrias de grande porte e, consequentemente, pessoas interessadas no serviço”, analisa Carlos Alberto Peixoto, engenheiro civil e inspetor do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA/SP). 

Esse fato é comprovado pela atração de empreiteiras de cidades vizinhas, como Lucélia, Adamantina e Tupã, atuando em obras no município. “Isso acontece porque atualmente em Osvaldo Cruz não temos mão-de-obra suficiente. E se os profissionais de cidades vizinhas vêm para cá é porque certamente por lá o mercado está menos aquecido”, avalia. 

O CREA/SP local já se mobiliza para, em breve, dar início a cursos de preparação de profissionais pedreiros, serventes, carpinteiros e outros trabalhadores especializados que apresentam carência no mercado. 

Outro fator apontado pelo engenheiro é a migração de profissionais que trabalhavam no setor para o corte de cana-de-açúcar, devido ao aumento da instalação de usinas de produção de etanol na região. 

“Houve um impacto na absorção de mão-de-obra pelas usinas, mas hoje essas indústrias investem em mecanização e, mesmo assim, faltam profissionais na construção civil. Com certeza teremos de qualificar novos trabalhadores para desenvolver o setor”, retruca Peixoto.

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