Economia

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Comércio prevê impacto negativo com fechamento de frigorífico

Unidade da JBS encerrou atividades em Presidente Epitácio. Empresa empregava quase 800 trabalhadores na cidade

PRESIDENTE EPITÁCIO - O fechamento da unidade do Frigorífico JBS, em Presidente Epitácio, deverá causar um impacto geral no comércio da cidade, conforme representantes do setor. Os 795 funcionários da empresa começaram a assinar os avisos-prévios na manhã desta segunda-feira (18), após o encerramento de 20 dias de férias coletivas. A direção da unidade havia anunciado o fechamento da empresa para o dia 17 de junho, porém, a decisão foi adiada depois de uma reunião com representantes do setor e do governo do Estado de São Paulo.

Conforme o empresário Aparecido Massanori Omote, que é proprietário de um supermercado em Presidente Epitácioe que também ocupa o cargo de diretor executivo da Associação Paulista de Supermercados (Apas), haverá um impacto “considerável em todos os segmentos da economia do comércio, tanto no setor alimentício como nos de vestimentas, material de construção e outros”.

"A JBS era a principal fábrica da nossa cidade, empregava quase 800 funcionários e isso, automaticamente, gerava uma receita grande na economia do município, que não teremos mais”, explicou ao G1.

O fechamento do frigorífico deixou a cidade em uma “situação desfavorável”, ainda de acordo com o diretor executivo da Apas. “Se ocorresse de a cidade ter várias indústrias menores, por exemplo, dez fábricas com 80 a 100 empregos, e fechasse uma ou duas, não haveria tanto problema, pois as demais [indústrias] absorveriam a mão de obra demitida”, explicou Omote ao G1. “Infelizmente, as coisas caminharam para isso e, dificilmente, essa mão de obra será absorvida em sua totalidade”, acrescentou.

Além do desemprego, o fato “prejudicará a cidade economicamente”. O diretor executivo da Apas, que é empresário em Presidente Epitácio, relatou que seu comércio comprava produtos do frigorífico, o que era viável devido à logística. “Até onde sei, a nossa planta de Presidente Epitácio era ligada à exportação, mas também abastecia o comércio interno. Para nós, que temos açougue, quando tem uma logística mais favorável, em que a indústria está mais perto, o custo do frete é menor”, argumentou.

Sobre possíveis aumentos no valor do produto, Omote afirmou que o reajuste não cabe diretamente ao estabelecimento. “No comércio final, como é o nosso caso, o preço é movido pela demanda. Se vier a ter um acréscimo, cabe a nós repassar. Pode ser que depois reabra outra empresa no mesmo ramo. Nós repassamos o que custa”, explicou ao G1.

O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação também apontou ao G1 que o fechamento do frigorífico causará impacto em toda a região.

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