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Polícia Civil pede 54 prisões preventivas, a maioria de advogados ligados ao PCC

Operação Ethos conclui investigação contra atuação de profissionais em nome do crime organizado na região

REGIONAL - A Polícia Civil encaminhou nesta quinta-feira (1º) ao Fórum de Presidente Venceslau a conclusão do inquérito da Operação Ethos, que prendeu advogados suspeitos de envolvimento com uma facção criminosa que atua dentro e fora dos presídios paulistas. Foram representadas 54 prisões preventivas à Justiça.

São 41 volumes, cada um com 200 páginas. Conforme a polícia, todos os envolvidos foram ouvidos e as investigações foram positivas, já que "não houve muitas pessoas negando os fatos, com a maioria reconhecendo algo que foi importante nas apurações".

A corporação explicou que as prisões preventivas foram pedidas para "garantir a ordem pública, por conveniência da instrução criminal". Até esta quinta-feira (1º), está em vigor a prisão temporária dos envolvidos. Caso a Justiça não analise ou negue a preventiva, eles serão liberados. Contudo, se houver deferimento, a prisão não terá mais prazo definido.

Segundo a polícia, toda a documentação foi analisada e encaminhada ao Instituto de Criminalística (IC). Agora, o próximo passo é o oferecimento da denúncia ao Ministério Público para o início de eventual processo.

"Pelas provas que produzimos, acreditamos que há um bom conjunto probatório. Ficou bem demonstrado o que se pretendia. A segunda fase é judicial, já não depende mais da atuação direta da polícia", finalizou a corporação.

Operação Ethos

A operação, desencadeada no mês passado pela Polícia Civil e pelo Ministério Público Estadual (MPE), através do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), cumpriu mandados de prisão contra advogados suspeitos de envolvimento com uma facção criminosa que atua dentro e fora dos presídios do Estado de São Paulo.

O inquérito policial sobre o caso foi instaurado em maio de 2015 para apurar crimes de organizações criminosas, lavagem de dinheiro, associação para fins de lavagem, exploração de prestígio e corrupção ativa.

As investigações começaram após informações reveladas através de uma carta que foi interceptada por agentes da Penitenciária “Maurício Henrique Guimarães Pereira”, a P2 de Presidente Venceslau, no dia 11 de maio de 2015, durante procedimento de varredura de rotina realizado no telhado sobre os raios 3 e 4 da unidade.

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