Diretor do DER admite que SP-294 tem carência de rotatórias

BASTOS - O engenheiro Jorge Masataka Mori, diretor da regional do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), em Assis, reconheceu a necessidade de melhorias na principal rodovia da Alta Paulista, a Comandante João Ribeiro de Barros (SP-294).

 

Conforme a Tribuna de Bastos noticiou, também com exclusividade no último dia 11, denúncia apresentada ao Ministério Público pela empresária Ieda Maria Vilella Altafini, de Presidente Prudente, aponta irregularidades que estariam gerando riscos à segurança dos usuários da SP-294.

 

Entre as principais falhas apontadas pela empresária destacam-se diversos cruzamentos em nível (desprovidos de ponte ou rotatória), localizados a menos de 150 metros de curvas ou lombadas, situação que estaria em conflito com a legislação de trânsito.

 

Ieda Vilella Altafini perdeu a jovem filha Alessandra em acidente ocorrido em outubro de 2010 na confluência da rodovia com a vicinal Bastos-Iacri, em acesso que também apresenta essa provável irregularidade.

 

O promotor de Justiça de Bastos, Luiz Fernando Garcia, já instaurou inquérito para apurar o caso.

 

A respeito da insegurança que estaria sendo gerada por cruzamentos irregulares, segundo a denúncia, o diretor regional do DER foi taxativo ao afirmar que “a SP-294 atende a todos os critérios de segurança”. Reconheceu, no entanto que “os estudos recomendam que esses acessos sejam transformados em rotatórias fechadas, que é o dispositivo mais seguro para o usuário”. Ressalvou que “não há prazo para a execução desse tipo de melhoria”.

 

Sobre a restauração pela qual a rodovia passou há alguns anos, Jorge Mori lembrou que o projeto foi aprovado pelo Banco Mundial. “Até questionamos a necessidade de melhorias nos dispositivos de segurança, mas o padrão anterior foi mantido. Acaba sendo perigoso, porque para cruzar quatro faixas de rolamento corre-se o risco”, admite.

 

Citou alguns cruzamentos sem rotatória ou ponte entre Iacri e Gália, trecho jurisdicionado pela regional do DER da qual é diretor, que merecem maior atenção dos transeuntes: o acesso ao recinto da Exapit, em Tupã, os dois trevos de Herculândia e o acesso secundário a Quintana.

 

“No caso do Condomínio Green Valley, em Marília, o Ministério Público chamou os proprietários e o DER para a discussão do projeto de uma rotatória fechada no local. Conforme o acordo firmado, nós forneceremos o material para a capa asfáltica e a Prefeitura vai arcar com a execução da obra”, contou.