Blog do Giu

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Vereadores questionam prefeito de Lucélia sobre não realização de Carnaval

Prefeito usou as redes sociais para desmentir uma falsa propaganda da festa

Presidente da Câmara, Eduardo Fatinanci, o Lambari, questiona argumentos de Carlos Ananias Junior para não realização do carnaval (Foto: João Vinícius | Grupo IMPACTO) Presidente da Câmara, Eduardo Fatinanci, o Lambari, questiona argumentos de Carlos Ananias Junior para não realização do carnaval (Foto: João Vinícius | Grupo IMPACTO)

LUCÉLIA - O anúncio de que não haverá carnaval em Lucélia pelo sexto ano consecutivo trouxe diversos questionamentos. As dúvidas surgiram após argumentos proferidos pelo prefeito Carlos Ananias Junior, que usou as redes sociais para desmentir uma falsa propaganda da festa com grande repercussão e que circulou nas mesmas redes sociais.

Nas suas justificativas o prefeito explicou que gastaria em torno de R$ 600 mil para realizar o evento. Porém, durante período eleitoral, afirmou em proposta de campanha que buscaria “recursos junto aos órgãos estaduais competentes ou firmar parcerias com empresas privadas para o retorno da realização das festas populares, como o carnaval de rua, o ‘Fever Fest’, iniciado em 2004”. O que não aconteceu.

A justificativa para a não realização da festa é a situação financeira da Prefeitura. Carlos Ananias Junior disse que no último ano foram destinados R$ 2.960.000 para Santa Casa, R$ 2.100.000 para Câmara Municipal, R$ 1.300.000 pagos em precatórios, R$ 600 mil gastos em medicamentos, R$ 800 mil na iluminação pública e R$ 1 milhão em tapa buracos, além de entregar o Centro Odontológico, creche da Vila Rennó, centro comunitário do Jardim das Flores e Morada do Sol, obras que necessitaram recursos próprios. “Primeiro a saúde, infraestrutura, a educação, e depois o lazer”, pontuou.

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Revestir 81 (blog do giu) - 25/02/2019

Questionamentos

Tais argumentos foram questionados pelo presidente da Câmara, Eduardo Fatinanci, o Lambari, e pelos vereadores Adenilson Guerra, Cristiano Aparecido Marques, Fagner Vinicius Bussi, Valdecir Pereira da Silva e Valdemir Antonio Uemura. Segundo eles, é plausível a atitude do Executivo de não realizar a festa devido à situação financeira da Prefeitura, porém não aceitam os argumentos divulgados por Carlos Ananias Junior, já que foi promessa de campanha.

“As informações alegadas pelo prefeito criaram dúvidas na população, como, por exemplo, os valores destinados ao repasse da Câmara. É uma obrigação legal, estando prevista anualmente na Lei Orçamentária do Município, não podendo ser utilizada como justificativa para a não realização da festa”, disse Lambari.

Outro ponto questionável é o valor gasto com recapeamento e operações tapa-buracos. De acordo com o presidente do Legislativo, parte dos recursos utilizados para tais melhorias são originários de contrato de renovação com a Sabesp, firmado na gestão Osvaldo Saldanha.

Lambari explica que, para o contrato de concessão de 30 anos, a Prefeitura recebeu R$ 1,5 milhão para a finalidade de recapeamento asfáltico. Foi realizada licitação pela Administração anterior, porém, devido problemas com a empresa vencedora, foi rescindindo o contrato. “A gestão anterior deixou para atual aproximadamente R$ 1.250.000,00, que estão sendo utilizados na operação tapa-buracos. Se está da maneira correta, quem tem que se explicar é o Poder Executivo, pois na gestão Saldanha foi utilizado o recurso para recapeamento e não tapa-buracos”, pontua.

Ele afirma ainda que entende a medida, mas cobrará informações de Carlos Ananias Junior. “Sabemos que a cidade no início da gestão se encontrava intransitável. A população clamava por melhorias, e até plausível a operação tapa-buracos, que deu uma melhora notória nas condições de ruas e avenidas, porém deve explicações ao Legislativo e a população dos valores utilizados deste contrato com a Sabesp e dos convênios estadual e federal nestes serviços. Também não são justificativas para a realização do carnaval, já que são recursos extras”, esclarece à população.

Sobre os valores repassados a Santa Casa, previstos no Orçamento Municipal, o presidente da Câmara diz que também não é argumento plausível.

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