Blog do Giu

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O PV e suas PVzisses: nada a declarar

Partido foi o que mais cresceu nas eleições deste ano em OC, mas movimentos anunciam racha

O PV foi certamente o partido que mais cresceu nas eleições deste ano na região e em Osvaldo Cruz é a principal legenda para a próxima legislatura.

De forma organizada e bem articulada, o partido elegeu quatro dos 13 vereadores, além de indicar o vice-prefeito eleito. Ocorre que o tamanho e a importância que o PV ganhou no cenário político local deve exigir muita habilidade para se conservar unido e coerente.

Antes mesmo de começar o novo mandato, o PV e suas PVzisses já viraram notícia.

Na edição do dia 28 de outubro, o Jornal Cidade Aberta publicou na coluna opinativa Língua de Trapo um tópico sobre uma possível oferta de secretaria ao candidato a vereador eleito do PV, Roberto Amor Lhana. 

Porém, na semana seguinte, surgiram novas informações a respeito de uma reunião sobre o que de fato teria acontecido. Em resumo houve a oferta de uma secretaria de governo municipal e a consulta teria sido feita para todos os quatro vereadores eleitos do partido e não apenas para Roberto Amor.
 
Tais informações, inclusive, estão de acordo com aquilo que foi publicado pelo vereador eleito em seu perfil na rede social Facebook, prenunciando que as coisas não andam alinhadas dentro do partido. Pelo menos não em relação a Amor e o PV local.
 
Em sua postagem (vide cópia ao lado), Amor deixou claro que "jamais aceitaria" trocar seu mandato que nem começou por um cargo de secretário."Eu obtive 561 votos, fruto de muito trabalho e suor não me deram nenhum cabo eleitoral pra me ajudar na minha campanha (grifos meus),enquanto alguns tiveram vários", em clara crítica ao próprio grupo político pelo qual foi eleito.
 
E cutucou o próprio partido: "acho muito estranho é tanto interesse em um suplente assumir uma vaga no legislativo", referindo-se ao então candidato P.H., que obteve 374 votos e, portanto, o suplente do partido que assumiria uma vaga em caso de alguem do PV renunciar.
 
"Na eleição passada fiquei de suplente e ninguém teve essa ideia,as vezes me pergunto se o primeiro suplente do PV fosse uma outra pessoa,será que estariam interessados em que ele assumisse,estou falando isso pois realmente ouve uma reunião com os eleitos do PV e foi feita essa proposta absurda a todos os eleitos do PV,mais quem me elegeu foi o povo e vou ser digno dessa população que acreditou em mim,obrigado a todos" (sic), disse Roberto Amor em tom de desabafo.
 
Consultado pela imprensa na sexta-feira (4) a imprensa teve contato com o empresário Celso Ballardini, ex-presidente e um dos caciques do PV. Ballardini confirmou  que houve a reunião mencionada por Roberto Amor, mas disse que foi algo normal e que faz parte de um grupo político.
 
Na mesma sexta-feira, o Língua de Trapo voltou a noticiar o fato, mas agora com as novas informações recebidas durante a semana.
 
Diante da repercussão do caso, na manhã de hoje (10) o Portal Ocnet entrou em contato com o presidente do Partido Verde, Luizinho Gumiero (que também foi eleito vereador). Por telefone, ele disse que o partido não irá se manifestar, porém, assim como Celso Ballardini, ele confirmou a reunião como algo corriqueiro dentro de um grupo político.
 
Passível de entendimento, mas equivocada sob o ponto de vista do eleitor a postura das lideranças do PV local. Da mesma forma como o vereador Roberto Amor veio a público e deu satisfações a seus eleitores no sentido de que vai honrar os votos recebidos em mandato, os outros eleitores que acreditaram e votaram nos candidatos a vereador do partido também merecem explicações.
 
O silêncio para quem é público significa concordar com o que a outra parte denuncia, afinal quem cala consente. O "nada a declarar" já está em desuso há muito tempo.
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