Blog do Giu
47430Mãe fala que sonho seria o Dia do Autista e não Dia Internacional de Conscientização sobre o tema
Educadora Branca Romanini fala sobre o tema e faz apelo
OSVALDO CRUZ - Branca Romanini é educadora e mãe de Chiara e de João Fernando. Aos dois anos de idade João Fernando apresentou sinais do Transtorno do Espectro Autista, ou simplesmente Autismo.
Hoje (2) é o Dia Mundial de Conscientização do Autismo e o Portal Ocnet foi ouvir esta mãe sobre sua experiência com o filho, que hoje tem 23 anos de idade. A data é lembrada mundialmente como desde 2007 para difundir informações para a população sobre o autismo e assim reduzir a discriminação e o preconceito.
As pessoas afetadas por esta síndrome neuropsiquiátrica chamada de transtornos do espectro autista (TEA), como o próprio nome sinaliza, englobam uma série de diferentes apresentações do quadro, mas que têm em comum maior ou menor limitação na comunicação, seja linguagem verbal e/ ou não verbal,interação social e comportamentos repetitivos e com gama restrita de interesses.
"A criança tem o mundo dela. A cabeça do autista funciona diferente. Ele não se desliga das atividades desde a hora que ele acorda. É aí que ele se irrita, se descontrola, se perde e é importante as pessoas entenderem isso", disse Branca Romanini ao acrescentar que muitas vezes esse tipo de comportamento o autista é confundido como uma criança mal educada ou indisciplinada.
Nesta segunda-feira, 1, a Secretaria de Educação de Osvaldo Cruz, em parceria com a Associação Síndrome de Down, Apae e Direção Regional de Ensino promoveram uma palestra com o tema "Caminhos da Inclusão" em comemoração ao Dia Mundial da Conscientização do Autismo, com as pedagogas e psicopedagogas, Déborah Patrícia de Morais e Solange Pelegrini Bombarda. O evento foi na Escola Estadual "Benjamin Constant" com as presenças de centenas de professores e pais.
"Meu maior sonho é que não haja o Dia de Conscientização do Autismo, mas o Dia do Autista para se homenagear os portadores. Eu não falo sobre meu filho, o João Fernando porque ele é conhecido e está integrado à sociedade, mas sei de muitos outros casos em que os pais não saem de casa com os filhos autistas por receio ou preconceito. Todo autista é um ser humano, então peço a todos que respeitem-os nos limites de cada um", completou Branca Romanini.
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