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Farmácias serão porta de entrada para denúncias de violência doméstica: Campanha Sinal Vermelho chega hoje à Alta Paulista

Campanha visa ajudar vítimas de violência doméstica na pandemia

OSVALDO CRUZ - Logo mais às 13 horas na sede da Polícia Militar de Adamantina autoridades do Poder Judiciário, da Polícia Militar, da Polícia Civil e outras lideranças devem lançar oficialmente a campanha Sinal Vermelho de prevenção à violência doméstica. Com isso, a campanha deverá ser desencadeada em toda região da Alta Paulista.

As farmácias serão a porta de entrada das denúncias. Mulheres principalmente e outras pessoas que vierem a sofrer violência doméstica serão incentivadas a marcar com batom nas mãos ou braços uma cruz na cor vermelha. O símbolo vai representar que a pessoa sofre violência doméstica.

Os casos estão crescentes durante o período da pandemia, segundo o Conselho Nacional da Justiça e o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. 

De acordo com a juíza Ruth Duarte Menegatti, titular da Comarca de Adamantina, geralmente as mulheres enfrentam mais um problema: a dificuldade em denunciar os agressores. "Diante desse cenário, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e no caso com apoio do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo lançaram a campanha Sinal Vermelho para a Violência Doméstica. A iniciativa tem como foco ajudar mulheres em situação de violência a pedirem ajuda nas farmácias do país", disse a magistrada.

“O objetivo da campanha é oferecer um canal silencioso, permitindo que essas mulheres se identifiquem nesses locais e, a partir daí, sejam ajudadas e tomadas as devidas soluções. É uma atitude relativamente simples, que exige dois gestos apenas: para a vítima, fazer um X nas mãos; para a farmácia, uma ligação”, disse a juíza Ruth Menegatti.

Lançamento em Osvaldo Cruz

Nesta sexta-feira, 19, às 13 horas, a comunidade é convidada a comparecer à sede da Polícia Militar local para o lançamento da campanha.

“A ideia de uma campanha que priorizasse a denúncia silenciosa surgiu para ajudar justamente aquela mulher que está presa em casa e que não tem como pedir socorro, seja porque o companheiro quebrou o celular dela, ou escondeu o telefone, ela não tem um computador, não tem como se comunicar com a família, enfim, não consegue chamar ninguém para auxiliá-la e não consegue fazer a denúncia pela forma virtual. Mas, muitas vezes, ela consegue ir a uma farmácia e esse é o momento’’, diz Ruth Menegatti.

"O protocolo é, de fato, simples: com um “X” vermelho na palma da mão, que pode ser feito com caneta ou mesmo um batom, a vítima sinaliza que está em situação de violência. Com o nome e endereço da mulher em mãos, os atendentes das farmácias e drogarias que aderirem à campanha deverão ligar, imediatamente, para o 190 e reportar a situação", afirmou Ruth Menegatti.

No Estado de São Paulo

No Estado de São Paulo, nota técnica divulgada pelo Ministério Público do estado revelou ter havido alta de 51% de prisões em flagrante relativos a atos de violência contra a mulher. Houve crescimento de 30% no número de pedidos de medidas protetivas de urgência e, na comparação com o ano passado, o dobro de feminicídios.

Dados do Conselho Nacional de Justiça revelam o aumento da violência doméstica contra as mulheres durante a pandemia e reforçam a importância da participação de toda a sociedade para o êxito da campanha. “O cenário de violência doméstica tem estado ainda mais cruel nesse período de pandemia. A combinação do isolamento com o comportamento controlador e abusador do parceiro, o consumo de álcool e drogas,o desemprego, entre outras circunstâncias agravantes, potencializam o risco de agressão”, disse a Dra. Ruth.

A Campanha Sinal Vermelho conta com o apoio da Abrafarma, Abrafad, Instituto Mary Kay, Grupo Mulheres do Brasil, Mulheres do Varejo, Conselho Federal de Farmácias, Conselho Nacional dos Chefes da Polícia Civil, Conselho Nacional dos Comandantes Gerais, Colégio das Coordenadorias Estaduais da Mulher em Situação de Violência Doméstica, Fonavid, Ministério Público do Trabalho, Colégio Nacional dos Defensores Públicos Gerais e Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).

PH Multimarcas 252 (blog do giu) - 19/06/2020

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