Blog do Giu: os números da eleição de Edmar Mazucato e Luizinho e as lições deste domingo

OSVALDO CRUZ - A eleição suplementar para prefeito e vice neste domingo, 4, que escolheu Edmar Mazucato (PSDB) como prefeito e Luiz Antônio Gumiero (PV), o Luizinho como vice-prefeito teve alguns aspectos interessantes quando analisados os números.

O primeiro aspecto é a questão da abstenção: quase 25% (24,8%), ou seja, praticamente 1/4 dos eleitores aptos à votação (24.019) não votaram. O comparecimento foi de 18.063 eleitores, mas nem todos votaram de forma "útil", ou seja, direcionaram o voto para um ou outro candidato. Um total de 1.744 eleitores votaram em branco (791) ou nulo (965), diminuindo para 16.319 o número de votos úteis.

Para fins de eleição de um candidato a lei eleitoral só considera como útil o voto dado a um candidato. Edmar Mazucato e Luizinho receberam 11.141 votos (68,2%) enquanto Kátia Pigozzi (PTB) e Homero Massarente (PMDB) obtiveram 5.178 votos (31,7%).

A alta abstenção pode ser entendida pelo fato da eleição ter sido em apenas quatro cidades no Estado de São Paulo (leia mais aqui) e os eleitores que moram em outras localidades se desmotivaram para virem a Osvaldo Cruz votar. O que ajudou a elevar a abstenção é o fato de que no próximo domingo (11) ser comemorado Dia dos Pais.

Mesmo com tamanha ausência, não dá para negar que a vitória esmagadora da situação mais uma vez mostra um grupo que tem credibilidade junto aos eleitores ao mesmo tempo que deve levar a oposição a repensar sua participação em futuros pleitos.

Por outro lado, Edmar Mazucato e Luizinho têm algumas expectativas sobre si que podem ser pesadas. Uma delas é acomodar 13 partidos de apoio e os naturais interesses de todos num governo que deixa de ser interino para ser de fato e de direito. Outro aspecto é a imensa expectativa depositada pelo próprio cidadão. Uma votação maciça como a deste domingo é, ao mesmo tempo, uma carta de confiança forte que traz um peso considerável de responsabilidade. Edmar e Luizinho terão que fazer um grande governo se quiserem manter o mesmo prestígio.