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Preço do café em fevereiro registra maior alta mensal desde 1997

Sul de Minas, maior produtor, teve quebra de quase 30%

REGIONAL - A seca que prejudicou boa parte das áreas produtoras de café do Brasil nos últimos meses mudou os rumos do mercado internacional do grão em fevereiro. Relatório divulgado nesta quinta, dia 13, pela Organização Internacional do Café (OIC) mostra que a preocupação com a falta de chuvas no país fez com que o preço do produto subisse 24,4% em fevereiro no mercado internacional. Com isso, o café registrou a maior alta mensal desde maio de 1997.

A alta também foi sentida na região oeste do Estado. De acordo com o presidente Cooperativa Casul, Olavo Morales Garcia, o preço do café na região subiu em quase 80%.

“Aquilo que você vendia a R$ 240, hoje um café de qualidade é vendido a R$ 440. Já um de qualidade inferior sai por aproximadamente R$ 300”, explicou Garcia.

Entre os diferentes tipos de café, os grãos brasileiros (Brazilian Naturals) registraram alta de 30,5% em fevereiro ante janeiro (para 148,74 centavos por libra-peso) e os colombianos suaves (Colombian Milds) avançaram 29,6% (para 172,22 centavos).

“O rali nos preços tem sido impulsionado pela grave seca no Brasil, onde várias regiões de cultivo de café receberam pouca ou nenhuma chuva nos meses de janeiro e fevereiro, período crítico para o desenvolvimento”, destaca o relatório da OIC.

A falta de chuva no Brasil "tem gerado considerável preocupação em torno da safra global de 2014/15". "Agora, é possível que estejamos caminhando para uma produção deficitária em relação à demanda", completa o relatório.

Apesar da forte subida de preços, a entidade que representa os produtores mundiais do grão observa que a alta recente só recuperou as perdas dos últimos meses e, agora, o café tem preço comparável ao visto em novembro de 2012.

"Portanto, ainda há um longo caminho para o pico atingido em 2011", diz a entidade. Outra observação feita pela organização é que o sobe-e-desce dos preços não é positivo para o mercado. "A volatilidade considerável exibida nos últimos meses não beneficia produtores de café ou consumidores", diz a entidade.

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