Vereadores querem mudanças no funcionamento da Zona Azul

OSVALDO CRUZ - A Zona Azul voltou a ser tema de discussão na Câmara de Osvaldo Cruz. O principal ponto é o fim da “tolerância”, de cinco minutos, que vinha sendo praticada pela AJA, responsável pelo estacionamento rotativo.

Desde a última sexta-feira, 17, funcionários da AJA deixaram de adotar a tolerância, sem avisar previamente o público, gerando reclamações.

Conforme antecipado pelo portal Ocnet na tarde de ontem, os comerciantes da área de Zona Azul, se mobilizaram para buscar, junto à Câmara de Osvaldo Cruz, pedir explicações para os vereadores sobre a legalidade da política adotada pela AJA e se há algo que os vereadores podem fazer para mudar a sistemática.

O assunto, naturalmente, foi tema central da sessão da Câmara de Osvaldo Cruz. Em tese, o debate visa criar uma nova situação para não prejudicar os motoristas que usam a Zona Azul e, também, mantenha a arrecadação AJA, que é a responsável pelo estacionamento rotativo.

Homero quer tolerância de 10 minutos e 48 horas para regularizar os “amarelinhos”

Em entrevista ao Panorama 97, o vereador Homero Morales Massarente (PMDB), confirmou que já tem um esboço de projeto para alterar a sistemática da Zona Azul.

A primeira mudança, no expediente que deve ser levado ao plenário, é a regulamentação da tolerância de 10 minutos, para que o usuário possa fazer uso do estacionamento rotativo sem precisar pagar a taxa. A partir daí, caso o veículo continue estacionado sem ter efetuado o pagamento da taxa, ele fica sujeito a ser tarifado e, inclusive, multado – desde que haja um aviso que é feito com o chamado “amarelinho”.

A outra mudança proposta por Massarente é justamente com relação ao procedimento adotado após o condutor ser advertido com o Amarelinho.

Atualmente, assim que o amarelinho é colocado, o veículo passa a estar sujeito a ser autuado – pela Polícia Militar e/ou Agente de Trânsito. A ideia de Massarente é oferecer um prazo de 48 horas para que o condutor advertido com o amarelinho regularize a situação. Com isso, a multa só seria aplicada caso esse prazo fosse desrespeitado.

Homero confirmou que deve apresentar o expediente na sessão do dia 4 de dezembro.

“Não sou contra a Zona Azul. Sou contra a maneira como ela está funcionando em Osvaldo Cruz”, garante Bitinha

Quem também defende mudanças para manter o funcionamento da Zona Azul é o vereador do PSDB, Luis Ricardo Spada Bonfim, o Bitinha.

Também ao Panorama 97, Bitinha ressaltou que algumas situações relacionadas à Zona Azul “não estão legais”. A grande preocupação do vereador é que os consumidores descontente com a situação da Zona Azul, deixem de frequentar a área central da cidade para fazer suas compras, o que representaria queda nas vendas do comércio e, consequentemente, fechamento de postos de trabalho.

“Acho que deve ser feito um estado, um diálogo. Temos que montar uma comissão de vereadores para irmos até cidades da região que têm a Zona Azul e que são do mesmo porte de Osvaldo Cruz, para vermos os prós e contras da Zona Azul. Alega-se que que a Zona Azul gera empregos, mas será que ela está gerando mais empregos, ou está tirando empregos do nosso comércio. Temos que ter muita cautela, ouvir a Associação Comercial e, principalmente, os comerciantes”, destacou Bitinha ao citar que é importante o diálogo, também, com o Poder Público.

Já na sessão de ontem, Bitinha apresentou requerimento onde questiona os motivos para o fim da tolerância de cinco minutos e quantos empregos são gerados pela Zona Azul – inclusive, quantos funcionários são de Osvaldo Cruz e quantos são de fora.

“Não sou contra a Zona Azul. Sou contra a maneira como ela está funcionando em Osvaldo Cruz. Acho que tem que ser revista, não tem que ter a multa automática do papel (amarelinho), mas dar um prazo para a pessoa pegar e regularizar”, garantiu Bitinha.