Acontece

37005

Vaqueiros da região participam de ato pró vaquejada em Brasília

A prática, tradicional no Nordeste, foi considerada “cruel” e pode embasar a proibição de eventos semelhantes em outros Estados, como o rodeio

BRASÍLIA - Vaqueiros da região participam de ato nacional pró vaquejada que acontece nesta terça-feira (25), em Brasília (DF). O grupo tenta reverter à decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) do último dia 7, quando a Corte proibiu a realização de eventos do tipo em todo o país.

A prática, tradicional no Nordeste, foi considerada “cruel” e pode embasar a proibição de eventos semelhantes em outros Estados, como o rodeio, por exemplo.

O deputado federal Ricardo Bentinho (PRB) participa da mobilização que quer mostrar à população brasileira e às autoridades, que o intuito das associações ligadas à vaquejada é regulamentar esse esporte, para que não haja maus tratos aos animais.

“Uma cultura centenária que emprega milhões. Será que nessa crise podemos nos dar o luxo de desempregar tantos? O brasileiro não merece sofrer mais. O brasileiro é trabalhador, é alegre sempre por natureza. Acabar com um momento de descontração ajuda? Estou sim apoiando nossos amigos vaqueiros, pois crio touros de rodeio e sei que a paixão pelos animais supera limites. Meus animais morrem no pasto de velhice. Meu filho de 7 anos ajuda cuidar”, disse Bentinho, por meio das redes sociais, que acredita que será “a maior manifestação em prol do segmento country sertanejo agropecuário”.

Entenda o caso

A decisão de fazer uma grande manifestação nacional em prol da vaquejada partiu da Abvaq (Associação Brasileira de Vaquejada) e da ABQM (Assciação Brasileira de Criadores de Cavalo Quarto de Milha), após o julgamento do STF que entendeu ser inconstitucional uma lei do Ceará regulamentando a vaquejada como prática esportiva. O assunto tomou grandes proporções e suscitou debates entres os envolvidos na prática e os movimentos de defesa aos animais.

De um lado, defende-se a vaquejada como uma manifestação cultural que gera emprego e renda para milhares de famílias envolvidas de forma direta ou indireta na atividade. De outro, ativistas alegam que ocorrem maus-tratos a cavalos e bois que participam dos eventos.

A Abvaq afirma que a prática de correr atrás do boi e derrubá-lo não se diferenciam do que ocorre nas fazendas do país. O mesmo valeria para o percurso feito pelo animal, que sai do curral, passa por bretes, pista e volta ao curral.

A Associação defende a realização de vaquejadas estejam dentro das normas e parâmetros de defesa animal, tais como a utilização de protetor de cauda, currais com água e comida à vontade para os bois, além de arena com pelo menos 30 cm de areia para amortecer a queda dos vaqueiros e do gado. O uso de esporas e chicote foi abolido, afirma o diretor de relações públicas da Abvaq, Leon Freire.

Dê sua opinião

Não serão aceitas mensagens com conteúdo calunioso, difamatório, injurioso, racista, de incitação à violência ou a qualquer ilegalidade, ou que desrespeite a privacidade alheia;


Comentários
 
 
 
Fechar
Rádio Califórnia Rádio Clube Rádio Max Rádio Metropole