União de Entidades cobra compensação do Estado por presídios na região

REGIONAL - A concentração de presídios na região de Presidente Prudente, o anúncio da construção de novas unidades e a solicitação da Câmara Municipal de Presidente Venceslau para a construção de novas penitenciárias e um hospital destinado a sentenciados no município são fatores que fizeram com que a União de Entidades de Presidente Prudente e Região (Uepp) enviasse ao governo do Estado um ofício cobrando uma contrapartida por conta da concentração de presídios no Oeste Paulista. A manifestação destaca ainda a necessidade de novos investimentos.

O ofício leva em consideração que, em junho deste ano, a Câmara Municipal de Presidente Venceslau aprovou um requerimento que pleiteia a implantação de mais duas unidades prisionais no município, juntamente com um hospital penitenciário.

Além do requerimento aprovado pelo Legislativo de Presidente Venceslau, o governo estadual anunciou, em abril deste ano, a construção de mais três Centros de Detenção Provisória (CDPs), sendo um em Caiuá e dois em Pacaembu.

Para o presidente da Uepp, Antônio Alberto Ribeiro Barbosa, a contribuição da região para o sistema carcerário paulista se esgotou. “Estamos preocupados com o desenvolvimento da 10ª Região Administrativa, que concentra o maior número de presídios entre todas as regiões do Estado. Não se pode apenas instalar novas penitenciárias sem contrapartidas e compensações para a localidade”, destaca.

A entidade defende ainda a necessidade de mais investimentos em saúde – com mais hospitais e profissionais –, educação, segurança pública e melhorias em estradas. “A cidade que abriga um presídio carece de uma infraestrutura diferenciada e é isso que reivindicamos para a nossa região”, acrescenta Barbosa.

No documento, encaminhado ao governo do Estado na sexta-feira (18), o presidente da Uepp relembra que a Câmara de Vereadores de Venceslau solicitou as duas unidades prisionais e mais um hospital penitenciário sob a argumentação de que tais estruturas atenderiam o clamor dos agentes penitenciários, policiais e guardas que trabalham na segurança fora da cidade. Além disso, favoreceria a geração de emprego e renda.

“Presidente Venceslau já possui duas penitenciárias. Nossa região tem 23 unidades prisionais, totalizando uma população carcerária de 26.712, conforme dados do Ministério Público Estadual. Acreditamos que novos presídios demandariam ainda mais investimentos que compensem essa vasta contribuição que já damos ao sistema prisional do Estado”, conclui Barbosa.