Satélite detecta queimadas em Flórida Paulista e Polícia Ambiental multa usina

Área de Preservação Ambiental (APP) que foi danificada pelos efeitos da queimada (Foto: Cedida/Polícia Ambiental)

FLÓRIDA PAULISTA - Uma fiscalização da Polícia Militar Ambiental, in loco, no final da manhã desta terça-feira (27) confirmou dois registros feitos por satélite, de queimadas em plantação de cana-de-açúcar, em Flórida Paulista, em fazenda produtora. Uma usina de açúcar e etanol, responsável pela área de cultivo, foi multada duas vezes. As multas passam de R$ 44 mil.

As duas ocorrências geraram a emissão de dois Autos de Infração Ambiental (AIA), na mesma propriedade, sendo autuado o mesmo infrator . Os registros das queimadas foram feitos pelo satélite Acqua, em 2 de junho passado, e a verificação in loco confirmou o que foi mapeado.

Segundo a Polícia Ambiental, a equipe composta pelo Cabo Tanganini e Soldado Cremonesi realizavam na manhã desta terça-feira, às 10h08, o atendimento à informação sobre os focos de queimadas identificados pelo satélite, sendo identificados 41,17751 hectares de área de cultivo de cana de açúcar queimados sem autorização ambiental.

Foram efetuadas diligências pelo local e observado que o fogo não invadiu talhões vizinhos, caracterizando a ocorrência de queimada controlada. Diante dos fatos, segundo a Polícia Ambiental, foi demonstrado o nexo de causalidade na ocorrência pela ação do envolvido em assumir o risco de realizar a queimada controlada sem autorização para o local.

Assim, foi elaborado um AIA com multa de R$ 42.177,51 por fazer uso de fogo em áreas agropastoris, sem autorização do órgão competente.

Em seguida, às 10h57, em continuidade à operação, a Polícia Militar Ambiental iniciou a verificação do segundo registro feito pelo satélite, sendo identificados 0,31001 hectares de área de preservação permanente (APP) queimados, devido à queima de uma área de cana de açúcar, disposta em paralelo à APP.

Sobre esse registro, foi aplicado um segundo AIA com multa de R$ 2.325,08, em razão da prática da queimada dificultar a regeneração natural das demais formas de vegetação nativa na APP.