Promotor acredita que presos transferidos para penitenciárias federais terão isolamento mais ‘adequado’ e ‘efetivo’

Gakiya, que integra o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Estado de São Paulo, e que pediu à Justiça a remoção dos 22 presos para penitenciárias federais, avalia que a transferência vai isolar territorialmente os líderes da facção criminosa.

Segundo o promotor, a retirada dos presos de São Paulo foi solicitada porque, além da liderança exercida por eles, havia o risco iminente de que fossem resgatados.

Sete dos transferidos estavam no Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), no Centro de Readaptação Penitenciária (CRP), em Presidente Bernardes, enquanto os outros 15 cumpriam pena na Penitenciária 2, em Presidente Venceslau.

Gakiya lembra que os 15 que estavam em Presidente Venceslau tinham direito, inclusive, a receber visitas íntimas.

“Esses presos estavam em regime de segurança máxima normal. Ou seja, eles dispunham de visita íntima toda semana, acesso a advogado, cartas etc.. Então, o isolamento agora vai ser mais efetivo. Sem visita íntima, sem acesso a televisão, rádio etc.. E também com suas outras visitas, tanto de advogados como familiares, monitoradas com autorização da Justiça”, salienta Gakiya.