Osvaldo Cruz é a cidade dos Jogos e não vamos nos furtar disso, diz secretário Odair Cavalcanti

OSVALDO CRUZ - Depois de abraçar a organização dos Jogos Regionais, com menos um mês para a realização do evento, Osvaldo Cruz comemora a realização de uma edição da maior competição do interior do Estado.

Pelo terceiro ano consecutivo, a cidade recebeu atletas e dirigentes de quase 60 cidades da sétima região esportiva do Estado e o saldo é positivo.

Além dos jogos, os Regionais movimentaram, durante dez dias, diversos setores da economia local e a expectativa é de um impacto de aproximadamente R$ 1,5 milhão no comércio local.

Apesar do pouco tempo de preparação, a cidade recebeu com excelência as delegações, realizou, em parceria com Estado, todas as competições e se prepara, agora, para sediar, novamente, em 2017 a 61ª edição dos Jogos Regionais.

A cidade está confirmada para receber a competição desde o ano passado.

Em entrevista ao Jornal Cidade Aberta, o secretário de Cultura, Esporte e Turismo de Osvaldo Cruz, Odair Cavalcanti, faz um balanço positivo do evento e comemora, acima de tudo, o título geral da segunda divisão conquistado neste ano de 2016.

Jornal Cidade Aberta - Findados os Jogos Regionais, qual o balanço do evento nesse ano em que Osvaldo Cruz abraçou a sua organização às vésperas da abertura oficial?

Odair Cavalcanti - O resultado foi além do que a gente esperava. A expectativa era muito grande e a preocupação era muito maior porque assumimos [a organização do evento] no afogadilho, num prazo bem pequeno. Normalmente tem-se um ano para se programar [os Jogos], mas, neste ano, Osvaldo Cruz teve um mês para fazê-lo. Nós abraçamos, montamos as equipes e, graças a Deus, tudo saiu perfeito. A gente ficou muito feliz por isso porque tudo aquilo que nós imaginávamos aconteceu e até além, de uma forma muito positiva. Os jogos Regionais em Osvaldo Cruz, mais uma vez, foi um sucesso graças a muitas pessoas que se envolveram, seja do comércio, os funcionários, os supervisores, os professores, a Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros, enfim, várias pessoas que se envolveram.

JCA - Em termos de jogos, principalmente para Osvaldo Cruz, no ano passado a cidade não foi muito bem e acabou rebaixada para a Segunda Divisão, neste ano teve uma participação como há muito tempo não se via. Como o senhor vê essa questão?

Odair - Esse foi outro ponto que nos surpreendeu. Nós tínhamos nos preparado para a Segunda Divisão com os Jogos em Tupã e, para a nossa felicidade, quando assumimos sediar o evento, chamamos os supervisores das equipes para que eles optassem porque, como cidade-sede, Osvaldo Cruz poderia disputar a Primeira Divisão se quisesse. Eles [supervisores] preferiram permanecer na Segunda [Divisão] porque sabiam que ali teríamos condições de mais medalhas e até a busca do título. E foi o que aconteceu. Os atletas até se superaram haja vista as medalhas que conquistamos principalmente no Atletismo e outras modalidades, como a Malha, que nunca tinha passado da primeira fase e agora disputou até a medalha de bronze. Isso, para nós, foi mais interessante ainda porque o título [da Segunda Divisão dos Jogos Regionais] veio para coroar todo esse trabalho que foi feito. É a primeira vez que Osvaldo Cruz conquista um título nos Jogos Regionais e o da Segunda Divisão é ainda mais difícil que o da Primeira porque tem muito mais equipes concorrentes.

JCA - Praticamente todos os atletas que competiram por Osvaldo Cruz foram formados na própria cidade. Poucas foram as contratações de jogadores de fora e os que foram são da região. Essa é a política que a Secretaria de Esportes está batendo na tecla?

Odair - Exatamente. Praticamente 90% dos atletas eram de Osvaldo Cruz. Tivemos contratações em algumas modalidades que não temos aqui, como é o caso da Ginástica Rítmica, com equipe de Tupi Paulista e, também, no Atletismo, dois atletas do Salto com Vara, que também não temos aqui. Todos esses atletas vieram graciosamente. Nós não pagamos nada, não tivemos despesa nenhuma e por isso, inclusive, que a gente aceitou que eles viessem. Tivemos três meninas do Vôlei que vieram em troca da passagem, mais as meninas do Futsal para as quais pagamos somente a gasolina e são meninas que já estão jogando em Osvaldo Cruz. Enfim, tudo aquilo que fizemos há dois anos valeu a pena. Colhemos frutos até mais rápido do que pensávamos. Temos que trabalhar com essa filosofia de apoiar o esporte de dentro da cidade, como estamos fazendo nas escolinhas. Tem muita coisa a ser feita, mas há modalidades que estão acima e isso, para nós, é muito bom.

JCA - Houve, em sua opinião, um resgate do osvaldo-cruzense pelo esporte? Por exemplo, na final do Futsal, no ginásio João Torro Ovídio, havia um clima de torcida que só se via há muitos anos...

Odair - A nossa preocupação dentro dos Jogos foi a de trazer o público para assistir. Como se faz isso? Dando condições para tanto. E o que fizemos? Pedimos para a organização dos Jogos marcar as partidas de equipes de Osvaldo Cruz para depois das 18 horas, fora do horário de trabalho, para que o público pudesse participar. Os ginásios estavam muito cheios. Foi muito bonito e emocionante ver isso. Sediar os Jogos é isso: a cidade tem que viver o evento. E a gente viu isso em todas as praças esportivas. A população de Osvaldo Cruz esteve lá torcendo, incentivando os atletas osvaldo-cruzenses. Com isso, houve realmente esse resgate graças a essa logística e ao apoio de vocês [imprensa], que divulgavam e chamavam a torcida. Foi uma somatória [de esforços] que deu resultado e a gente espera que continue assim no próximo ano.

JCA - Até porque, em 2017, os Jogos Regionais serão em Osvaldo Cruz de novo...

Odair - Exatamente. Nós já tínhamos protocolado ano passado na Secretaria [de Esporte, Lazer e Juventude do Estado de São Paulo - SELJ] pleiteando a sede em 2017. Neste ano, seria em Tupã, mas caiu no nosso colo e tivemos que fazer. Sendo assim, em 2017 vamos realizar os Jogos com muita responsabilidade e a gente fica muito feliz porque o que se ouve é que os atletas adoram quando os Jogos são em Osvaldo Cruz pela hospitalidade da população, pela proximidade dos locais das competições. Por isso, é possível que os atletas também vivam os Jogos, assistam a outras competições, o que nem sempre é possível em cidades grandes por causa da distância das praças esportivas. Osvaldo Cruz é a cidade dos Jogos e não vamos nos furtar disso.