No Oeste Paulista, construção civil descarta 1.270 toneladas de resíduos

REGIONAL - Conforme dados da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, são descartados por dia 1.270 toneladas de materiais de construção, como tijolos, madeiras, ferro, entre outros, na região de Presidente Prudente. Os materiais vão para a caçamba e, posteriormente, ao lixão municipal. Por conta do não reaproveitamento destes itens, ocorre o aumento da geração de resíduos sólidos pela construção civil.

De acordo com o Sindicato da Construção Civil, em média, 70% dos materiais são de pequenas obras e de tudo que vai para a caçamba, cerca de 20% poderiam ser reciclados e utilizados na mesma obra.

O construtor Luiz Francisco Alves explica que, na prática, o custo de uma obra poderia ser menor se esta estratégia fosse adotada. “Muitos tijolos e madeira são quebrados pela metade, e a parte restante poderia ser utilizada no mesmo trabalho”, afirma.

Uma alternativa estudada pelos construtores é a trituração dos resíduos, para que possam ser revendidos às usinas do setor na própria região. Contudo, para que esta solução seja implementada, é preciso fazer a regulamentação da área de construção civil, como relata o conselheiro regional do sindicato, Augusto Ribeiro.

“Seria importante se todos os poderes públicos adotassem uma política conjunta na coleta desses materiais”, afirma Ribeiro.

Conforme ele, uma resolução de 2002, do Conselho Regional do Meio Ambiente, estabeleceu critérios para a gestão dos resíduos da construção civil, desde o gerador até o destino final. A intenção era diminuir os impactos ambientais, mas os processos não funcionaram no dia a dia.

Conforme Alves, há empresas que já desempenham os processos de coleta e reciclagem dos materiais, em São Paulo, e geram resultados. “É dinheiro que está sendo jogado na caçamba, não apenas resíduo”, diz.

A Prefeitura de Presidente Prudente pede que os envolvidos na construção civil tentem reaproveitar os materiais corretamente.