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Médico nutrólogo acusado de abusos sexuais tem registro cassado pelo Cremesp

Abib Maldaun Neto virou réu por crimes cometidos contra ex-pacientes e está preso.

SÃO PAULO - O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) cassou de forma definitiva neste sábado (10) o registro do médico nutrólogo Abib Maldaun Neto, acusado por ex-pacientes de abusos sexuais. Ele está preso desde dezembro passado em São Paulo.

Durante a sessão virtual do Cremesp realizada na tarde deste sábado, 17 conselheiros votaram a favor da cassação definitiva do CRM do médico e apenas um votou contra.
 
O registro profissional dele estava suspenso de forma cautelar desde setembro, pelo prazo de seis meses, para as apurações das denúncias.
 
O Cremesp ainda não se manifestou sobre o julgamento. A tendência é que o caso siga para o Conselho Federal do Medicina (CFM), para que a decisão seja referendada.
 
O advogado Marcelo Martins de Oliveira, que representa Maldaun Neto, confirmou o resultado do julgamento e informou que vai recorrer ao CFM.
 
Abib Maldaun Neto foi preso no dia 14 de dezembro, em São Paulo. A defesa pediu revogação da prisão, mas ele permanece detido.
 
Só no processo que resultou na ordem de prisão contra ele, 16 mulheres - sendo as 9 vítimas e 7 testemunhas - relatam abusos cometidos entre os anos de 1997 e 2020 dentro de seu consultório.
 
No caso das 7 testemunhas, os crimes referentes a elas já prescreveram e a promotoria optou por colocá-las como testemunhas.
 
Testemunhas foram ouvidas nas últimas semanas e há uma nova oitiva marcada para o fim de abril.
 
O Ministério Público acusa o médico pelo crime de violação sexual mediante fraude.
 
“As circunstâncias são idênticas. Além da palavra da vítima, temos provas documentais. Não é uma palavra isolada, é um conjunto de provas”, disse a promotora Maria Fernanda Marques Maia, responsável pela investigação, na época das denúncias virem a público.
 
Abib Maldaun Neto já havia sido condenado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo por violação sexual mediante fraude em regime semi-aberto, mas respondia em liberdade.
 
Em julho de 2018, a decisão em relação ao abuso de uma paciente em 2014 foi dada em primeira instância. A defesa do médico recorreu e a condenação em segunda instância ocorreu em 30 de julho de 2020.
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