Em três anos, região de Presidente Prudente registra 330 casos de violência contra deficientes

Fórum Regional sobre Violência contra Pessoas com Deficiência ocorre nesta quinta-feira (25) (Foto: Carlos Eduardo de Lima)

REGIONAL - Nesta quinta-feira (25), das 8h às 12h, a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência irá promover o Fórum Regional sobre Violência contra Pessoas com Deficiência em Presidente Prudente, no Centro de Formação Permanente dos Profissionais da Educação (Ceforppe), localizado na Rodovia Comendador Alberto Bonfiglioli, 1.950, no Jardim Itaipu.

A iniciativa reunirá gestores de diversas áreas com o objetivo de estimular o desenvolvimento local e regional de uma rede de gestores públicos e de planos de ação de enfrentamento à violação de direitos e violência contra a pessoa com deficiência ao fomentar, por exemplo, a criação de conselhos municipais, secretarias e coordenadorias que trabalhem na implementação de políticas públicas e de ampliação e consolidação de direitos para esse público.

Na ocasião, os gestores receberão questionários para identificar a situação em que se encontram as políticas públicas voltadas para as pessoas com deficiência em áreas como educação, transporte e acessibilidade e em encontros posteriores essas informações serão utilizadas para que, em conjunto, os participantes possam pensar melhorias e replicar ações bem sucedidas, como a iniciativa do governo do Estado com a criação da Delegacia de Polícia da Pessoa com Deficiência (DPPD).

Desde maio de 2014, por meio do Programa Estadual de Prevenção e Combate à Violência contra Pessoas com Deficiência, todos os Boletins de Ocorrência passaram a ter um campo específico para identificar se a vítima apresenta algum tipo de deficiência.

Desta data até abril de 2017, a região de Presidente Prudente registrou mais de 330 ocorrências relacionadas à violência contra pessoa com deficiência. Dentre as vítimas, mais da metade são homens (57%); 46,75% têm deficiência física; 23,3%, deficiência intelectual; 12,72%, deficiência visual; 10,36%, deficiência auditiva e 6,8%, deficiência múltipla.

Entre os crimes cometidos, estão lesão corporal (14,35%), ameaça (13,4%), injúria (8,85%), furto (7,42%) e estelionato (5,02%).
Implantada em junho de 2014, a DPPD atende casos de discriminação e outros crimes em que a presença de deficiência caracterize agravante, tornando a vítima mais vulnerável.

Sua atuação não se restringe ao trabalho policial, pois também orienta sobre direitos e encaminha as vítimas para serviços de proteção social. Localizada em São Paulo (SP), a delegacia visa a tornar o atendimento policial mais especializado, nos moldes do que já acontece com outros públicos, como as mulheres, os idosos e os turistas.