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Com novos suspeitos, polícia retorna ao local onde cabeleireiro foi enterrado

Corporação investiga se eles participaram da ocultação do corpo da vítima. Cadáver foi colocado perto de um canavial, em Eneida

Polícia Civil retornou à área rural onde o cabeleireiro foi enterrado (Foto: Heloise Hamada/G1) Polícia Civil retornou à área rural onde o cabeleireiro foi enterrado (Foto: Heloise Hamada/G1)

PRESIDENTE PRUDENTE - A Polícia Civil retornou, nesta quarta-feira (18), ao local onde o corpo do cabeleireiro Dênis Paiano da Silva foi encontrado enterrado, próximo a uma canavial. A corporação foi até a área rural no distrito de Eneida, em Presidente Prudente, com dois rapazes, sob a suspeita de terem ajudado a ocultar o corpo da vítima de latrocínio.

"Hoje de manhã, nós tivemos a informação de que dois rapazes, moradores de Eneida, teriam ajudado os latrocidas a ocultarem o corpo", explicou o delegado Lincoln Simonato. Segundo ele, os suspeitos foram identificados e encaminhados à Delegacia de Investigações Gerais (DIG) para darem mais detalhes.

No local, os dois rapazes afirmaram apenas que ajudaram a desatolar o veículo em que seguia a dupla que matou o cabeleireiro. No caso, o automóvel Hyundai HB20, de propriedade de Dênis Paiano da Silva, teria atolado em meio a uma via do canavial que dá acesso ao local onde foi feita a cova.

Simonato relatou ainda que os dois rapazes negaram a participação na morte de Silva. "Levamos eles no local e disseram que realmente ajudaram a desatolar o carro, mas que não tiveram nenhuma participação no crime. Não viram o corpo nem enxada e só ajudaram porque um deles é amigo de um dos autores", pontuou.

A ajuda teria sido dada por volta das 11h do domingo (15). "Somente no outro dia eles viram a reportagem sobre o sumiço do cabeleireiro e desconfiaram de que o carro poderia ser da vítima. Eles foram ouvidos na DIG, apresentaram a versão, que será checada para ver se realmente estão falando a verdade. Eles foram liberados", frisou Simonato.

O delegado Matheus Nagano explicou que o ponto em que a vítima foi enterrada já era um local conhecido de um dos homens presos. "Na posse de todas as informações, nós conseguimos levantar que um dos suspeitos é natural de Eneida. Como ele conhece toda a região aqui e usava drogas nesse exato local, eles vieram aqui na madrugada de domingo [15] e enterraram o corpo do Dênis", destacou.

Agora, a Polícia Civil vai analisar todas as provas, coletar informações com os suspeitos e, se houver necessidade, fará a reconstituição do crime. "Se já tivermos elementos, vamos só esperar chegarem os laudos periciais para poder concluir o inquérito", enfatizou Simonato.

Os dois homens que confessaram ter matado o cabeleireiro estão presos temporariamente. "O inquérito tem um prazo inicial para ser concluído de 30 dias, que pode ser prorrogado pelo mesmo período", finalizou Simonato.

Os laudos que a Polícia Civil aguara são do Instituto de Criminalística (IC), que é do local do encontro do cadáver, e do Instituto Médico Legal (IML), que vai constatar qual foi a causa da morte. "Se foi asfixia, se foi traumatismo, porque tem a gravata, as pancadas na cabeça, que fala que bateu com a enxada, pode ter sido fogo, porque atearam fogo nele também", disse Simonato.
Dênis Paiano da Silva tinha 29 anos e foi sepultado no Cemintério Municipal de Iepê na manhã desta quarta-feira (18).

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