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7594Camarinha e Bulgareli são citados na propina da merenda
Esquema envolvia 57 municípios e dois governos de estado
Marília - O Jornal Estado de S.Paulo de ontem, página 4, revela como o deputado federal Abelardo Camarinha (PSB) e o atual prefeito Mário Bulgareli (PDT) rachavam meio a meio o dinheiro sujo roubado da merenda escolar das crianças.
O Estadão mostra depoimentos do empresário Genivaldo Marques dos Santos, pivô do escândalo da máfia da merenda, para o Ministério Público Estadual, que após sua prisão fez acordo para delação premiada.
O esquema envolvia 57 municípios e dois governos de estado. Marília é usada como modelo para relatar como se desenrolava a corrupção. A principal parte da reportagem revela encontro, em 2006, entre Camarinha, Bulgareli e o sócio majoritário da SP Alimentação Eloizio Afonso Durães para acertar detalhes da propina, que seria de 10% sobre o valor total do contrato dividida entre o prefeito e o deputado.
“Isso teria ocorrido depois que, em 2005, Bulgareli suspendeu os pagamentos da prefeitura para a SP Alimentação. Durães teria ido até a cidade para resolver o impasse – a empresa teria R$ 1 milhão a receber. Ele teria mantido reunião com os dois políticos e foi nela que a partilha da propina teria sido acertada”, afirma a reportagem.
Segundo o jornal, cada um dos políticos ficava com 5% do dinheiro sujo desviado da merenda escolar das crianças.
A reportagem ainda afirma que a cidade era exemplo para formar redes de corrupção em outros municípios do estado como Porto Ferreira. “Ali o edital de licitação teria sido feito igual para a contratação da merenda em Marília”, destaca o Estadão. Segundo Genivaldo, no contrato “mudou apenas o cabeçalho.”
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